quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Carlos Pinto Coelho
Luís Mendonça
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Jorge Campos assina petição
sábado, 4 de dezembro de 2010
Comentários dos signatários (VI)
Estamos com 2400 assinaturas. Precisamos de mais para termos VOZ.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O que a RTP2 podia mostrar: Reis e Mozos
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Ricardo "Come Facas" Pereira assina petição
Adriano Luz assina petição
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Citando a nossa petição, o Inimigo Público sugere o primeiro ciclo para uma RTP2 com Cinema
A "notícia" "Estação pública acede ao apelo para o regresso da programação regular de cinema à RTP2 com ciclo de filmes dedicado a José Sócrates" foi publicada no dia 19 de Novembro. Para a ler, basta um clique sobre a imagem abaixo.
domingo, 21 de novembro de 2010
Nuno Antunes responde às nossas questões: a programação de cinema da RTP2 é "escassa"
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
O grande problema da programação de cinema da RTP-2 é ser escassa: está praticamente confinada aos sábados com a exibição de um filme de animação ao início da tarde e uma sessão dupla à noite. Se para quem gosta de cinema isso seria sempre insuficiente, a situação agrava-se quando constatamos que a orientação na área dos outros canais é errante (constantes repetições, a moda do "filme a definir") e/ou indistinta (uma dieta de sucessos de bilheteira ou de títulos de baixíssima qualidade nas madrugadas).
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Naturalmente que gostava de ver alargados a outros dias da semana o empenho, inclusive cinéfilo, que reconheço existir aos sábados à noite na RTP-2. Essa programação é a primeira que consulto (com semanas de antecedência) e normalmente acabo sempre por preparar a sua gravação. Embora a RTP-2 prefira apostar nas séries, certamente que podia ter mais oferta de cinema, mesmo se a existência de compromissos com outros conteúdos não o permita actualmente antes da 00h30 (ou, quando existe o programa "5 Para a Meia-Noite", antes da 01h30). Aliás, já o fez em 2010 com dois ciclos (entre 29 de Março e 1 de Abril, e 5 a 8 de Abril) e recuperando esse espaço emblemático que foi o "Cinco Noites, Cinco Filmes" a propósito dos 75 Anos da RDP (2 a 6 de Agosto). Souberam a pouco: é minha convicção que a qualidade da oferta cinematográfica dos sábados na RTP-2 e na RTP-Memória demonstra que a RTP continua a ter acesso a uma belíssima "videoteca" que merecia ser mais rentabilizada junto dos seus espectadores.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"Falta de critério" e uma programação "consoante o que está ali à mão", apontam dois dos nossos subscritores
Maria Fernanda Costa (Facebook)
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2? Que aspectos gostaria de ver mudados?
A actual programação de cinema é lamentável. Não tem uma linha definida, é errática. Dá muito a ideia de ser uma programação conforme e consoante : conforme o que está ali à mão, consoante o apetite...
Portanto, deveria ser uma programação orientada, planificada e acessível. Ou seja, e começando pelo acessível : deveria ser publicitada e emitida a horas mais convenientes, começando por volta das 22,30 / 22,45. Orientada e planificada para que nós - que a pagamos várias vezes- pudessemos também orientar as nossas opções. Da planificação poderei referir a existência de ciclos, temas, realizadores, actores...
E mais atenção às repetições próximas...
Pedro Treno, estudante de arquitectura (Facebook)
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Para além da falta de critério na escolha dos filmes da Sessão Dupla, existe o facto de serem transmitidos documentários quase todas as noites, facto que, à partida, seria positivo mas que acaba por ser anulado à semelhança da Sessão Dupla- sempre o problema da falta de temática, de critério.
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Sendo que o documentário não é mais nem menos que uma longa ou curta metragem (e assim sucessivamente), gostaria que fosse reformulada a programação do espaço "Noites da 2", para que haja um equilíbrio entre os formatos que são projectados. Basta que haja o mínimo de critério na escolha, para que o cinema e os espectadores fiquem a ganhar.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
JN dá eco à nossa reivindicação: "Queremos mais cinema"
Podem lê-la na íntegra clicando na imagem abaixo ou, parcialmente, através deste link.
NOTA: o Jornal de Notícias vai publicar uma errata, devido à imprecisão presente no último parágrafo desta peça, no qual é afirmado que a petição já foi enviada à direcção de programas da RTP2, induzindo a ideia de que esta estaria já encerrada, o que é completamente falso: a petição está ainda bem activa e aberta a novas subscrições.
O conteúdo deste artigo é alvo de comentários por parte de Luís Mendonça aqui, Miguel Domingues aqui e Ricardo Lisboa aqui.
domingo, 14 de novembro de 2010
Há actualmente alguma programação de Cinema da RTP2?, pergunta o cineasta Manuel Mozos
Manuel Mozos (subscritor n.º 372), autor de obras como "...Quando Troveja" ou, mais recentemente, "Ruínas", pronuncia-se sobre o estado do cinema na RTP2. Obrigado por ter estado ao nosso lado, desde o início.
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Há actualmente alguma programação de Cinema da RTP2 ? Eu julgo que não há, mas confesso que já há bastante tempo que não vejo esse canal televisivo.
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Demasiados, senão tudo. Seria abusivo explanar o que me parece mal e como gostaria que fosse a RTP2, quando se quer uma resposta sucinta. E assim até penso ter respondido.
Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .
O que a RTP2 podia mostrar: Melville
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Dois bloggers nacionais pronunciam-se sobre o estado do cinema na RTP2
Paulo Ferrero (CINE-AUSTRALOPITECUS)
Que aspectos gostaria de ver mudados?
As artes deveriam ser presença constante no horário nobre da RTP2, que é como quem diz pós-22h aos dias úteis. Cinema de todas as proveniências e épocas. penso que o modelo mais inspirado que a TV teve até hoje foi o Cine-Clube. Hoje, ninguém explica nem apresenta um filme, e muito menos são exibidos filmes para além dos blockbusters recentes ou menos recentes, mas tudo nivelado por baixo. O mesmo peças de teatro, inglesas, francesas, americanas, como a RTP exibia há 20 anos. Ballet, concertos - parece impossível mas há anos era possível vermos concertos da Filarmónica de Berlim, actuais ou mais antigos, e peças da Shakespeare Theatre ou do teatro de Milão, ou retrospectivas inteiras de animação, por exemplo. É triste, mas não vejo que as novas tecnologias possibilitem aos mais novos a educação que os mais velhos (onde infelizmente já me incluo) tiveram. Mas enfim, vivemos na era do sensacionalismo e da propaganda. Um choque tecnológio por si só não serve para nada, senão para alienar os mais incautos.
João Paulo Costa (CinePt)
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Aquela que existe é insuficiente e extremamente limitada, praticamente reduzida às sessões duplas de sábado à noite (muitas vezes de selecção aparentemente aleatória) e pouco mais.
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Adoraria assistir ao regresso de uma rubrica do género "Cinco Noites, Cinco Filmes" que, há uns anos, me fez descobrir realizadores como Bergman ou Truffaut e crescer enquanto apreciador de cinema. Exibições de filmes de preferência interligados de alguma forma, enquadrados historica, autoral ou tematicamente, e de preferência mostrados no seu formato de imagem original. Ou seja, devolver ao espectador o cinema que este dificilmente poderá descobrir de outra forma.
Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Vasco Baptista Marques: a programação de cinema da RTP2 destaca-se pela "sua inexistência"
Numa semana em que desaparece o mais antigo crítico nacional, temos o prazer de vos apresentar a entrevista que realizámos via mail ao mais jovem crítico nacional, Vasco Baptista Marques. Também do Expresso, como o grande Manuel Cintra Ferreira.
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Deixando de lado a questão do escasso número de horas dedicado ao cinema pela RTP2, diria que a programação de cinema do segundo canal do Estado se destaca, sobretudo, pela sua inexistência, isto é, pela submissão dos seus conteúdos a critérios meramente casuísticos, nos quais não consigo detectar o mais ténue traço de uma linha de orientação.
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Tendo em consideração um passado não muito distante, penso que seria benéfica a reintrodução de ciclos (por cineasta, por tema, por género, etc.), assim como de programas capazes de contextualizar e/ou problematizar os filmes.
Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
O Bom, o mau e a RTP2
A propósito da petição pela exibição regular de cinema na RTP2 (que podem assinar aqui e consultar o blog aqui), o organizador, Luís Mendonça do CINEdrio, pediu ao grupo redactor que fizesse um pequeno vídeo amador (eu fiz um em duas partes porque sou preguiçoso e não quis montar as duas partes num) em que dessem a entender o seu ponto de vista de forma mais dinâmica e pessoal (o vídeo do Luís e o vídeo do Miguel Domingues do In a lonely place).
Ricardo Vieira Lisboa
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
João Milagre lança o mote: "é preciso aprender a amar"
Professor do Conservatório e um dos mais conceituados assistentes de realização do cinema português, João Milagre comete a delicadeza de responder às nossas questões. Face às nossas duas perguntas-tipo, afirmou que tinha deixado de ver televisão. Mas nós quisemos saber o que o levou e o que o levaria a ver televisão.
Lembra-se de cineastas, filmes ou rubricas que o marcaram na RTP2 em matéria de cinema?
A minha formação foi extremamente marcada pela programação de cinema na RTP 2, que era na altura, refiro-me aos finais dos anos 80, da responsabilidade do Alberto Seixas Santos, também meu professor na Escola de Cinema do Conservatório Nacional. Essa programação era a continuação das nossas aulas, e não só as do Alberto.
Que tipo de formatos, em matéria de cinema, poderiam fazer com que voltasse a ver televisão com mais regularidade?
Todo o cinema de qualidade, especialmente o de rara exibição, em qualquer dos formatos e géneros. Os ciclos são também de extrema importância na aprendizagem relacional, não só puramente pedagógica mas também de gosto pessoal, porque também é preciso aprender a amar, parafraseando Nietzsche.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Teresa Villaverde assina petição
Nomeados nos TCN Blog Awards
"Entre o grupo de redactores, vários bloggers conceituados, entre eles Miguel Domingues, Carlos Natálio ou Luís Mendonça. Uma iniciativa que tem ganho respeitável dimensão na opinião pública e que já conta com a assinatura de várias figuras públicas da cultura nacional. Independentemente do seu resultado final, toda a envolvente a esta petição é um exemplo de determinação e competência."
Da nossa parte, um sincero obrigado pelo reconhecimento de que, independentemente de ganharmos ou não, a simples nomeação dá provas.
O que a RTP2 podia mostrar: Stroheim
Os seus alter-egos variam pouco entre os dois filmes que, no fundo, têm títulos intercomunicantes: até digo que, hoje, "Blind Husbands" é mais sobre "Foolish Wives" que outra coisa, mas o contrário também vinga! O que mais nos espanta hoje é esta espécie de anti-heroísmo metafílmico, ultra-irónico, que vem desafiar as barreiras da moralidade, sobretudo, da moralidade da Hollywood que aí vinha - a dos códigos de decência.
Stroheim foi um dos maiores cineastas do mundo, sempre polémico e, como disse, demencial nos seus simulacros folhetinescos à imagem... da Vida - reproduzi-la em estúdio com fidedignidade, convenhamos, sai muito muito caro. Stroheim dirigiu Gloria Swanson em "Queen Kelly" e afundou-se comercialmente com o monumental "Greed". Depois tornou-se num fantasma do Mudo, que nesta ou naquela obra-prima ("Sunset Boulevard" e "La grande illusion") saiu da escuridão para dar corpo a personagens assombradas.
César Monteiro será, porventura, o maior cultor da truculência irónica e ultrajante do velho Stroheim. Seria interessante dar a pensar o seu cinema no pequeno ecrã de uma qualquer estação pública digna desse nome.
Luís Mendonça
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Eduardo Condorcet responde às nossas perguntas: A RTP2 não cumpre a sua função de serviço público
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2? Que aspectos gostaria de ver mudados?
Numa altura de crise é difícil compreender que a RTP2 não cumpra a sua função de serviço público, nomeadamente no que toca à produção audiovisual. Naturalmente que poderíamos falar da questão da promoção do cinema, audiovisual (de natureza cultural) e até vídeo-art e cross media, a este nível há que mencionar os exemplos das televisões estatais finlandesa e japonesa que são motores da re-criação do média TV. Em nenhum destes casos a questão das audiências parece ser relevante, até porque ela existe e corresponde. Em todo o caso, a 2 nunca poderá competir com as concorrentes, porquê tentar?
Assim sendo, há definitivamente mais vida para além do deficit e justamente a falta de recursos deveria ser uma motivação para que a televisão de “todos nós” fosse de facto mais entregue à sociedade civil. Penso que o espaço dedicado à produção universitária et al. é positivo, mas não há razão para que o dinheiro gasto com séries estrangeiras não seja investido em produção (de baixo orçamento ou co-financiadas) de origem nacional. Até os liberais Estados Unidos da América, têm a sua PBS. Ademais está provado por programas de produção privada que sinergias podem ser criadas com autarquias, governos civis, etc. de forma a possibilitar não só emprego numa área de grande oferta e procura, mas também de conteúdos audiovisuais de relevância indiscutível não só para a memória histórica do país como para a sua dinâmica de (in)formação.
Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Paulo Filipe Monteiro assina petição
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Fernando Cabral Martins sobre a programação de cinema da RTP2: "parece-me errática e é raro dar por ela"
O Professor e escritor Fernando Cabral Martins, um dos nossos primeiros subscritores, teve a amabilidade de nos endereçar as suas respostas às perguntas que temos colocado a todos os signatários.
Dentro do óbvio: gostaria de ver apresentada, de uma forma organizada em ciclos, a produção cinematográfica portuguesa e em português passada e presente, tal como escolhas de filmes clássicos mundiais, sempre com acompanhamento de comentários críticos.
Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Daniel Sampaio sobre a programação de cinema da RTP2: "Não se percebem os critérios de escolha"
Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
A programação caracteriza-se pela escassez e por não ter uma linha editorial, referente à escolha de filmes. Não se percebem os critérios de escolha.
Que aspectos gostaria de ver mudados?
Considero que deveriam existir ciclos (por épocas, ou realizadores, ou temas) com um debate ocasional que enquadrasse os filmes.
Obrigado ao Daniel Sampaio pela sua enorme gentileza.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Contrato de Concessão de Serviço Público (II)
(...)
6. O segundo serviço de programas generalista concede particular relevo ao princípio da inovação, privilegiando a criatividade, o risco e o sentido crítico na sua programação.
A Concessionária fica ainda adstrita ao cumprimento das seguintes obrigações:
(...)
b) Apoiar e promver o cinema português e as demais formas de expressão artísticas nacionais susceptíveis de transmissão televisiva;
(...)
1. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social promove, de acordo com o disposto na alíena n) do número 4 do artigo 24.º da Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro, a realização e posterior publicação integral de uma auditoria anual à concessionária, e verifica a boa execução do presente contrato de concessão.
(,,,)
3. O relatório da auditoria externa deve analisar o cumprimento dos objectivos de actividade e financeiros definidos no presente Contrato, cabendo à Entidade Reguladora para a Comunicação Social pronunciar-se globalmente sobre o cumprimento da missão de serviço público e emitir as recomendações que entenda necessárias.
(...)
1. O controlo do cumprimento do presente contrato tem em conta os seguintes critérios:
a) O cumprimento das obrigações qualitativas minimas a que a 2.ª Outorgante se compromete de acordo com o presente Contrato, nomeadamente nos termos do disposto nas cláusulas 9.ª a 12ª;
b) O cumprimento, nos diferentes serviços de programas e atentas as respectivas missões, das exigências qulitativas do serviço público de televisão, de acordo com factores que considerem o valor acrescentado pela sua programação à oferta audiovisual e a promoção da formação cultural e cívica dos cidadãos, bem como a percepção pelos espectadores da sua capacidade para transmitir informação e conhecimento.
(...)
3. Para além do disposto no número anterior, podem ainda ser tidos em conta:
(...)
c) A opinião dos públicos sobre a qualidade e o valor social da programação disponibilizada pela 2ª Outorgante e respectivos índices de satisfação, apurados designadamente, através de estudos levados a cabo por entidades independentes e de reconhecido mérito;
d) Os comentários, análises e reacções publicadas na comunicação social acerca da programação exigida nos serviços de programas a cargo da 2ª Outorgante;
(...)
2. A Assembleia da República pode, a todo o tempo, convocar os membros do conselho de administração, os responsáveis pela programação e informação dos diversos serviços de programas e os provedores da Concessionária para a prestação de esclarecimentos respeitáveis ao funcionamento do serviço público.
(...)
1. O presente Contrato de Concessão produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, devendo ser revisto, sem preuízo das alterações que entretanto ocorra fazer, no prazo de 4 anos.
2. O processo de revisão deve considerar a avaliação do cumprimento do serviço público e contemplar uma consulta pública sobre os objectivos e critérios de referência para o quadriénio.
(...)
Está visto: em 1 de Janeiro de 2012, o Contrato de Concessão de Serviço Público será revisto. A pergunta que se impõe é o que é que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) nos tem a dizer sobre o cumprimento de todos estes pontos por parte da RTP2. Estamos a proceder a contactos com a ERC e esperamos em breve dar conta dos resultados das suas auditorias aqui.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Entrevista dada à Rua de Baixo
Agradecemos a disponibilidade da dita publicação para debater connosco o actual estado da RTP2 em matéria de cinema.
*Só uma coisa: é "João Mário Grilo" e não "José Mário Grilo".
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Leonor Silveira assina petição
domingo, 10 de outubro de 2010
O que a RTP2 podia mostrar: Hsien
Miguel Domingues
Dalila Rodrigues assina petição
sábado, 9 de outubro de 2010
O que a RTP2 podia mostrar: Godard/Fassbinder/Bergman TV
O meu colega Miguel Domingues já falou dos filmes "pedagógicos" de Rossellini, recentemente editados pela Eclipse e que, como era da vontade do cineasta, estavam imbuídos de uma missão pura de serviço público - a televisão como meio para educar as massas. Rossellini foi um dos primeiros a ver na televisão uma linguagem complementar ao cinema, com potencialidades próprias e uma margem para o experimentalismo que já não se encontrava no meio fechado e (financeira, burocrática e humanamente) pesado da Sétima Arte. Seguiram-se semelhantes incursões de grandes realizadores em ousados projectos exclusivamente televisivos (ou cinematograficamente televisivos), entre eles, Godard, Fassbinder e Ingmar Bergman.
Godard assinou, entre outras coisas, uma série reflexiva, quase ontológica, sobre o cinema, "Histoire(s) du Cinéma", que, recentemente editada pela MIDAS, só ganharia, de facto, contornos de "grande acontecimento" se fosse mostrada directamente na TV.
Fassbinder, a quem a RTP2 dedicou há pouco tempo um documentário enlatado - sem qualquer contextualização programática ou preocupação em, de seguida, dar a conhecer a OBRA do cineasta, quase desconhecida da maioria dos portugueses -, realizou vários monumentos para o formato televisivo: à cabeça, "Berlin Alexanderplatz" e "World on a Wire".
O senhor Wemans, que se diz amante de séries, não nos dirá que a relevância histórica ou temática destes objectos é menor que um "Anatomia de Grey" ou "24", séries que a RTP2 passa, pagando balúrdios e fingindo que nos outros canais não estão a passar exactamente esses mesmos "conteúdos" - palavra cara a quem se deixou embrutecer pelo marketering tecnocrata televiseiro.
Por fim, destaco o extensíssimo e profundo trabalho que Ingmar Bergman fez na televisão do seu país. Por preconceito ou ignorância, "Fanny och Alexander" foi durante anos tido como "o último filme de Bergman". Um total e completo disparate se atendermos ao facto de este ter realizado, posteriormente, mais de 10 filmes para a televisão.
O próprio "Saraband" é, para todos os efeitos, um telefilme, que só nos deve alertar para a obra que o mestre sueco andou a desenvolver desde 1982, ano em que o mundo deu como reformado um cineasta que, na realidade, apenas inflectiu (ligeiramente, na nossa opinião) o rumo da sua carreira: do terminal cinematográfico (leia-se, da indústria e da sala do cinema) para o terminal televisivo (mais barato, livre de pressões e tubo de ensaio mais que perfeito das novas tecnologias do vídeo e digital). Vi apenas "Na Presença do Palhaço", obra sobre os últimos momentos na vida de Schubert, que passou na SIC há muitos (demasiados) anos e me marcou pela pujança de uma linguagem produzida pelo encontro feliz do cinema, do teatro, da música... com a televisão.
"À televisão o que é da televisão e ao cinema o que é do cinema"... tem a certeza que ainda quer insistir, anacronicamente, nessa falácia histórico-estética?
Luís Mendonça
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
José Bogalheiro assina petição
Jorge Paixão da Costa assina petição
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Leonor Xavier assina petição
Rogério Samora assina petição
Comentários dos signatários (V)
Do último grupo de comentários tenho de destacar um pedido que é comum a vários dos signatários: que o cinema volte, sim, mas em horário "decente". A nossa signatária Isabel Gonçalves representa bem este pedido, que aqui fazemos eco.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Daniel Sampaio assina petição
domingo, 3 de outubro de 2010
Muito cá de casa (I): tributo cinéfilo à ida RTP2
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Cláudia Varejão também concorda
Tiago Guedes assina petição
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Ivo Canelas apoia a nossa causa
Catarina Portas assina petição
O que a RTP2 podia mostrar: Zurlini
Zurlini foi também incompreendido em Itália, por ser um desalinhado das novas tendências de um cinema nacional dividido, grosso modo, entre o incondicionalismo a um Antonioni versus o incondicionalismo a um Fellini. De qualquer modo, hoje, à distância - é sempre bom ganhá-la sobre tudo o que parece, ou é de facto, "desalinhado" no presente -, a sua obra ganha uma vitalidade como poucas. "A Rapariga da Mala" já é mais do que um filme de culto; é uma crónica franca, como poucas, do devir sexual/existencial de um adolescente e do objecto que o obceca - a linda de morrer Claudia Cardinale. O já citado "Estate Violenta" - anterior - cola-se a este, numa espécie de double bill perfeito, pelo sensualismo das imagens, do corpo feminino contra o masculino - o fervor do desejo com alguma história, e História, em pano de fundo...
Duas obras-primas que não estão sós na sua filmografia - que eu próprio ainda estou a descobrir, com a paciência impaciente de quem deixa para o fim a sobremesa. "Outono Escaldante", com de novo uma mulher divinalmente bela (Sonia Petrovna) e o mais cool dos actores (Alain Delon), é um poema triste sobre a dialéctica do desejo e da morte. Maravilhoso pedaço de cinema, para ouvir e absorver fotograma a fotograma, que carece de maior promoção. Promovê-lo mais seria, a meu ver, um serviço ao cinema, um serviço ao país e aos famintos cinéfilos portugueses em formação.
Rui Morisson assina petição
Jacinto Lucas Pires assina petição
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Luís Urbano apoia a nossa causa
Jorge Silva Melo assina petição
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Comentários dos signatários (IV)
Contrato de Concessão de Serviço Público (I)
Por respeito à inteligência do leitor, limitar-me-ei a recortar as partes que dizem mais directamente respeito ao conteúdo da nossa petição. Leiam e digam-nos se o que nós estamos a reclamar é ou não é tão-somente o que está previsto na lei, a Fundamental, a da Televisão e, no caso, a que vincula contratualmente a RTP2 ao Estado português. (ATENÇÃO: todos os sublinhados, a bold, são nossos.)
Para além da sua vinculação aos fins da actividade de televisão a que se refere o artigo 9.º da Lei da Televisão, a Concessionária tem como objectivos específicos:
(...)
b) Promover, com a sua programação, o acesso ao conhecimento e a aquisição de saberes, assim como o fortalecimento do sentido crítico do público;
c) Combater a uniformização da oferta televisiva, através de programação efectivamente diversificada, alternativa, criativa e não determinada por objectivos comerciais;
(...)
(continua)
Luís Mendonça
Nuno Costa Santos defende a nossa causa "urgente"
Vera Mantero também assina
VERA MANTERO assinou hoje com extremo interesse a nossa petição. A Vera dispensa qualquer tipo de apresentação na cena da dança contemporânea nacional e internacional. É com enorme orgulho que recebemos o apoio desta talentosa performer para quem o cinema representa também importante fonte de inspiração.
António Ferreira também quer mais e melhor cinema na RTP2
José Luís Peixoto deixa o seu nome na nossa petição
Pedro Mexia assina petição
Carlos Pinto Coelho assina petição
domingo, 26 de setembro de 2010
Mário Jorge Torres assina petição!
Somos notícia no jornal Público de hoje
Quase dois mil pedem mais cinema na RTP2
Paula Torres de Carvalho
Querem chamar a atenção para a necessidade do regresso da programação regular de cinema à RTP2. Os cinéfilos Luís Mendonça e Miguel Domingues resolveram criar uma petição que circula na Internet desde o início do mês e que conta com quase duas mil assinaturas, entre as quais as da actriz Inês de Medeiros, as dos realizadores João Mário Grilo e Lauro António, a do engenheiro de som Vasco Pimentel, a do professor universitário Manuel Villaverde Cabral e a da escritora Alice Vieira.
Dirigida ao ministro dos Assuntos Parlamentares e aos responsáveis daquele canal televisivo, o texto da petição é um manifesto de defesa da exibição cinematográfica. "Ao longo dos anos, tem-se assistido a um progressivo desinvestimento da estação na programação cinematográfica", o que se verifica "não apenas na pequena quantidade de obras exibidas como na repetição regular dos filmes mostrados", refere o texto.
Bénard da Costa, o divulgador de cinema e director da Cinemateca Portuguesa, falecido em Maio, é recordado por quem promove a petição: "Infelizmente, longe vão os tempos em que João Bénard da Costa introduzia clássicos do cinema ou Inês de Medeiros entrevistava diversas figuras em Filme da Minha Vida."
"Hoje, o segundo canal da estação de televisão pública não fornece quaisquer instrumentos para que o público seja levado a reflectir e a descodificar os objectos mostrados", dizem, denunciando um contexto de "desresponsabilização" que não oferece aos espectadores "oportunidades suficientes de visionamento de filmes" nem lhes prestam "quaisquer ferramentas de aproveitamento dos poucos filmes que ainda vão sendo exibidos". Uma situação considerada grave porque a RTP2 não oferece a "alternativa criteriosa" face aos outros canais. Contactado, Jorge Wemans, director do canal, não quis c omentar as críticas feitas. com B.W.