Mendoza, o nome que recomendo aqui, surge neste contexto como o realizador mais implantado mediaticamente falando, tendo já ganho o prémio de melhor realização em Cannes pelo brutal "Kinatay" e recebido os louvores da crítica por "Lola" - também seleccionado em Veneza e filme que estreia em breve nas nossas salas - e "Serbis" - lançado em DVD no nosso país.
Ver a sua obra é mergulhar num país longínquo, culturalmente ecléctico - resultado das ocupações espanhola, norte-americana e asiática - e, logo, de uma riqueza humana e plástica sui generis. "Foster Child", um filme menos conhecido do realizador, foi o que mais me comoveu, apesar de "Kinatay" ser, de facto, a sua obra mais arrojada, conto de horror ultra-realista com uma atmosfera visual e sonora magistrais.
Uma RTP2 ciente das novas tendências do cinema internacional poderia fazer-nos embarcar nesta viagem às Filipinas, via Mendoza ou/e via qualquer um dos seus aclamados conterrâneos.
Excertos de "Kinatay" (2009) de Brillante Mendoza
Luís Mendonça
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