Quem nos subscreve

Jorge Mourinha (jornal Público): Esta insistência cívica de um grupo de pessoas que vêem algo de errado na política cultural da televisão e acham que vale a pena continuar a pugnar pelo seu objectivo explica muito bem que é este o público-alvo da RTP-2 que o canal teima em não servir como deve ser: atento, activo, interessado, fiel. Jorge Campos: o óbvio dispensa o comentário. Eduardo Paulo Rodriguês Ferreira: É um Canal do Estado. O Estado somos nós. Portanto nós exigimos uma programação. E mais, é caso para dizer: Eu pago para ver! João Mário Grilo (em entrevista ao JN): Foi na televisão que aprendi a ver cinema, com programas como "as noites de cinema". A televisão tem um papel muito importante num país onde os cinemas não estão a abrir, mas a fechar. É um direito das pessoas e um dever da televisão. Manuel Mozos (em entrevista): Há actualmente alguma programação de Cinema da RTP2? Inês de Medeiros (em entrevista ao JN): A uma petição que diz 'gostaríamos de mais' não se pode responder com contratos de concessão e tabelas mínimas. Concordo com mais cinema e penso que é importante terem atenção ao pedido, o que não quer dizer que a RTP2 não passe cinema. Paulo Ferrero (em entrevista): QUE HAJA CINEMA, do Mudo ao Digital. Vasco Baptista Marques (em entrevista): diria que a programação de cinema do segundo canal do Estado se destaca, sobretudo, pela sua inexistência. Alice Vieira (em entrevista ao JN): Para mim, cinema é no cinema, mas temos de pensar nas pessoas que estão longe do cinema por várias razões. E muitas vezes vejo-me a ir ao canal Memória para ver filmes e que aguentariam perfeitamente na Dois. A RTP2 deveria insistir mais no cinema e aí estaria a cumprir o seu papel. João Paulo Costa (em entrevista): Adoraria assistir ao regresso de uma rubrica do género "Cinco Noites, Cinco Filmes" que, há uns anos, me fez descobrir realizadores como Bergman ou Truffaut e crescer enquanto apreciador de cinema. Miguel Barata Pereira: Aprendi muito do que sei de cinema a ver a saudosa rubrica "5 noites, 5 filmes". João Milagre (em entrevista): é preciso aprender a amar. JORGE MANUEL DOS SANTOS PEREIRA MARQUÊS: Só neste paraíso político à beira-mar plantado é que se tem de pedir e justificar o óbvio,o justo,os direitos e o razoável... Eduardo Condorcet (em entrevista): Numa altura de crise é difícil compreender que a RTP2 não cumpra a sua função de serviço público, nomeadamente no que toca à produção audiovisual. LUIS PEDRO ROLIM RIBEIRO: JÁ ERA SEM TEMPO Fernando Cabral Martins (em entrevista): [A programação de cinema da RTP2] parece-me errática e é raro dar por ela. António Manuel Valente Lopes Vieira: A televisão é o cinema daqueles que não podem ir ao cinema. Que o cinema volte à televisão. Daniel Sampaio (em entrevista): A programação [de cinema da RTP2] caracteriza-se pela escassez e por não ter uma linha editorial, referente à escolha de filmes. Não se percebem os critérios de escolha. Maria Armanda Fernandes de Carvalho: e que o cinema mostrado seja do mundo e não só o chamado cinema comercial ou dos chamados autores consagrados. Deana Assunção Barroqueiro Pires Ribeiro: Cinema de qualidade é inprescindível em televisão José Perfeito Lopes: Como director do Cine Clube de Viseu, nos anos 73 a 77, vejo com mágoa o que estes senhoritos fizeram ao "canal 2". Manuel António Castro de Sousa Nogueira: Há muito e bom cinema à espera de ser exibido na RTP2, assim queiram os seus responsáveis que este canal seja efectivamente uma alternativa real à pobreza franciscana da programação dos restantes canais generalistas portugueses (incluindo, infelizmente, a RTP1). Marta Sofia Ribeiro de Morais Nunes: Como cresci a poder ter acesso ao melhor do cinema através da RTP2, quero continuar a poder crescer com ele. Maria do Carmo Mendes Carrapato Rosado Fernandes: As pessoas estão a "desaprender" de ver cinema, e isso não é bom...que regressem os ciclos de cinema, que regressem os bons filmes nos anos 30/40/50 do seculo passado, que regresse o cinema americano, japonês, europeu, que regres, se faz favor. Obrigada. Amadeu José Teixeira da Costa: Foi na RTP2 que vi cinema como nunca mais vi na minha vida. TODOS ESTES E OUTROS COMENTÁRIOS DOS NOSSOS SIGNATÁRIOS AQUI

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dois bloggers nacionais pronunciam-se sobre o estado do cinema na RTP2

Alargamos o nosso questionário a outros ilustres cinéfilos que subscreveram a nossa petição. Começamos por dois dos melhores bloggers nacionais. Obrigado a ambos pelas respostas.

Paulo Ferrero (CINE-AUSTRALOPITECUS)

Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Péssima. Da minha parte apenas recomendo o telejornal das 22h que, apesar de encenado de forma um pouco abaixo dos padrões estéticos das estações mais vistas por esse mundo, apresenta um fio condutor mais ou menos consentâneo com a importância e oportunidade das notícias, tem uma página internacional e tem convidados interessantes na maior parte dos casos. Há o Bombordo, que costumo ver, mas que poderia ser melhor. Há as Curtas, cada vez mais esquecidas. O resto é puro deserto. Não há cinema, não há teatro, nem sequer nacional, não há concertos de nomeada, de música clássica ou não clássica, não há séries "incontornáveis", não há nada digno de registo.

Que aspectos gostaria de ver mudados?
As artes deveriam ser presença constante no horário nobre da RTP2, que é como quem diz pós-22h aos dias úteis. Cinema de todas as proveniências e épocas. penso que o modelo mais inspirado que a TV teve até hoje foi o Cine-Clube. Hoje, ninguém explica nem apresenta um filme, e muito menos são exibidos filmes para além dos blockbusters recentes ou menos recentes, mas tudo nivelado por baixo. O mesmo peças de teatro, inglesas, francesas, americanas, como a RTP exibia há 20 anos. Ballet, concertos - parece impossível mas há anos era possível vermos concertos da Filarmónica de Berlim, actuais ou mais antigos, e peças da Shakespeare Theatre ou do teatro de Milão, ou retrospectivas inteiras de animação, por exemplo. É triste, mas não vejo que as novas tecnologias possibilitem aos mais novos a educação que os mais velhos (onde infelizmente já me incluo) tiveram. Mas enfim, vivemos na era do sensacionalismo e da propaganda. Um choque tecnológio por si só não serve para nada, senão para alienar os mais incautos.
Pela parte que mais me toca, QUE HAJA CINEMA, do Mudo ao Digital.

João Paulo Costa (CinePt)

Como avalia a actual programação de cinema da RTP2?
Aquela que existe é insuficiente e extremamente limitada, praticamente reduzida às sessões duplas de sábado à noite (muitas vezes de selecção aparentemente aleatória) e pouco mais.

Que aspectos gostaria de ver mudados?
Adoraria assistir ao regresso de uma rubrica do género "Cinco Noites, Cinco Filmes" que, há uns anos, me fez descobrir realizadores como Bergman ou Truffaut e crescer enquanto apreciador de cinema. Exibições de filmes de preferência interligados de alguma forma, enquadrados historica, autoral ou tematicamente, e de preferência mostrados no seu formato de imagem original. Ou seja, devolver ao espectador o cinema que este dificilmente poderá descobrir de outra forma.

Apelamos a todos os demais assinantes que nos enviem as suas respostas, às mesmas questões, para o nosso endereço peticaortp2@hotmail.com .

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