A.O. Scott, crítico do New York Times, chama-lhe um neo-neo-realismo. Eu, pessoalmente, vejo esta geração como uma reacção de uma certa classe de cineastas, muito distante dos estúdios e de onde pára o "big money" de Hollywood, ao alheamento do mainstream relativamente aos problemas da gente real da América pós-11 de Setembro. É uma geração de cineastas, muitos deles professores e pensadores do cinema, que vem reclamar a grande herança do New American Cinema, deixada esquecida até mais pelos americanos que pelos europeus. Falo de nomes como Cassavetes, Robert Frank, Shirley Clarke, Morris Engel e Ruth Orkin e os irmãos Maysles, entre outros.
Se é "neo-neo", não sei, mas esta América sem o ruído visual do 3D, a cosmética do CGI e com (apenas!) pessoas lá dentro é, no mínimo, promissora. O serviço público de televisão podia, neste departamento, adiantar passo em relação às distribuidoras e dar a descobrir este novo cinema - cheio de bom "velho cinema".
Trailer do fabuloso - por distribuir/editar em Portugal - "Ballast" (2008) de Lance Hammer
Luís Mendonça
Ora vejam como os espanhóis já estão a perceber bem a importância de alguns destes nomes:
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