Não me lembro de alguma vez ter visto um filme de Jerry Lewis programado na RTP2, mas num ciclo dedicado ao burlesco, era autor essencial a ser exibido, ao lado de Charlie Chaplin e Buster Keaton.
Pois é o burlesco que ele evoca nos filmes de Frank Tashlin (que seria outra boa sugestão, já agora), em que participa como actor, e é o burlesco que revoluciona, nos anos 60, quando decide escrever, realizar e interpretar os seus filmes, ao questionar as capacidades que o (seu) corpo tem, ou não tem, em se adaptar ao espaço que o rodeia. É nesta premissa e suas variações que a comédia de Lewis se baseia.
Assim, qualquer random Lewis dos anos 60, é peça essencial da comédia e do burlesco norte-americanos. Dele e de Tati são os mais sofisticados e inventivos gags visuais dos anos 50 e 60. Como este:
João Palhares
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