Hou Hsiao-Hsien é, em França, o paradigma do autor cinematográfico, visto em sala e apreciado, discutido e elogiado. Em Portugal, com apenas dois filmes estreados em sala (Três Tempos e A Viagem do Balão Vermelho, ambos em 2008), com um ou outro filme que passa de quando em vez na Cinemateca e um ciclo já com barbas efectuado na Culturgest, é o paradigma do autor moderno feito na Internet, cada vez mais o local para onde os cinéfilos se exilam. O que nos leva à seguinte questão: no presente actual da exibição cinematográfica televisiva e com os constrangimentos financeiros existentes, não será o cinéfilo forçado a cometer uma ilegalidade para chegar a certas obras? Ou deve este comer e calar, ver apenas o que lhe dão?
Uma coisa é certa: por instituições como a RTP2 não fazerem o seu trabalho, muitos nunca viram maravilhas como esta:
Miguel Domingues
Sem querer retirar força a este apelo - a meu ver urgente - para a divulgação da obra essencial deste cineasta taiwanês, quero apenas mencionar que o seu apelido é Hou e não hsien. (E, claro, podemos sempre optar pela simpática designação já usada no ciclo da Culturgest: 3H)
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